Como criar
Basta um pouco de imaginação e...
... a magia acontece!
Tema:
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A escolha do tema deve ter em conta uma situação, uma problemática ou uma rotina significativa de modo a inspirar e despertar o interesse do participante, permitindo uma experiência multissensorial mais envolvente.
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Materiais:
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A HMS é composta por páginas retangulares e soltas, do tamanho A3, como folhas de um livro, feitas de material resistente e lavável com três milímetros de espessura, podendo ser feitas em contraplacado, acrílico ou cartão duplo.
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Num lado da folha encontram-se os estímulos sensoriais selecionados e no seu verso o texto (sempre que exequível).
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Os objetos escolhidos para constar nas páginas devem ser reais, parte de objetos ou símbolos de forma a captar a atenção, interesse do participante e ainda permitir a compreensão do conteúdo destas histórias. Podem estar fixos ou ser amovíveis (por exemplo com fita de velcro). Os produtos alimentares ou as substâncias aromáticas têm de ser substituídos, cada vez que a história é narrada.
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A caixa onde a história é colocada deve ser resistente para permitir o seu transporte. Nela deve estar presente o guião da narrativa e o respetivo storyboard e na sua lateral exterior deve ser exposto os elementos paratextuais da história e em destaque o título, o autor e a sinopse, (sendo esta última facultativa), bem como uma fotografia ilustrativa.
Estrutura da narrativa:
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​​​As ações narrativas podem ser contadas como sendo o participante o sujeito da ação, sendo este a personagem principal da história.
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De acordo com os resultados do estudo de Nunes et al. (2020) onde se apresentam os temas das mais de duas dezenas de HMS analisadas, concluiu-se que era importante dar relevo à dimensão sensorial, pois a mesma permite estimular a atenção, experienciar e consequentemente compreender os conteúdos tratados nas mesmas. No entanto, a dimensão linguística também deve ser valorizada.
Como está referido no estudo supracitado, as HMS relativamente à sua extensão devem ser curtas, ter um número reduzido de páginas (constituída em média por 8) e apresentarem pouco texto. As frases também devem ser curtas, redigidas com uma estrutura simples e no tipo declarativo, possibilitando a perceção, incorporação e armazenamento da informação. As formas verbais devem estar no presente do indicativo, sendo os sujeitos simples, evitando o recurso aos sujeitos nulos e à pronominalização.
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O vocabulário utilizado deve ser familiar ao participante, principalmente para as pessoas com multideficiência.
Estímulos:
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Cada página deve incluir um ou dois objetos sensoriais, para numa primeira fase atrair a atenção e posteriormente para o ouvinte poder explorar os objetos disponíveis. Estes devem ser diversificados, de forma a incorporar vários elementos sensoriais, como estímulos táteis, visuais, auditivos, olfativos e gustativos.
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Contar:
Variar o tom de voz e usar expressões faciais e gestos para tornar a experiência mais envolvente.
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“As ações são narradas como se estivessem a acontecer no momento em que a história é contada e os estímulos são explorados pelo destinatário no aqui e no agora sendo ele próprio a personagem principal. A história torna-se realidade em cada momento em que é contada” (Nunes et al., 2020, p. 22).